30 de jan. de 2009
Estive longe do blog um tempo irrazoável, porém justificável. Saí de férias em busca de minhas raízes paulistas. Fui ao interior de São Paulo, onde a riqueza material trazida pelo espírito empreendedor oferece a maioria dos meios de satisfação disponíveis pelo mundo desenvolvido, mas não elimina de todo a simplicidade sertaneja conservada pelo apego à terra e aos seus frutos palpáveis, simplicidade consistente na ausência de abstrações desnecessárias, na procura apenas do alcançável. Esse contato com o interior fez-me duvidar da sofisticação que, nós dos principais centros urbanos, nos empenhamos em fabricar, em nossa corrida alucinada rumo à felicidade lá no horizonte, e fez-me também questionar o quanto de supérfluo possuímos e lutamos para possuir, desgastando-nos inutilmente. Começo o ano reconhecendo o valor da vida simples e estabelecendo o propósito de identificar e de eliminar tudo o que for extravagância, tudo que nada contribuir efetivamente para o bem viver.
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