Ah Maria maria...
Deitada, deleitada, toda sonho.
E eu esparramado ali
Deitado, arrebatado, todo alumbramento
Em busca da palavra precisa.
Sua nudez branca como chantili
Que derrete doce na língua gulosa,
O fluido do tesão e o produto do prazer
Que tudo lambuza sem lamento
A face, os seios, a pélvis, os lençóis...
Meus olhos seguem em carícias
Abertos, ou apenas encostados
Como uma porta convidativa para (re)viver
Cada ponto dos seus traços aveludados,
Cada toque das suas mãos cheias de malícias.
Meus dedos movem-se insaciados
Como os do pianista cego e virtuoso
Que conduzem à alegria e à dor.
Mas temem acordar a mulher com seu ardor
E furtar-lhe a leveza do sono merecido.
Que designer inspirado!
Foi deus ou a evolução que desenhou esse corpo,
Que o tempo não tornou feio,
Que nenhum cirurgião deixou deformado?
De onde no Universo imensamente belo você veio?
Ah Maria maria...
Permaneça o seu corpo junto ao meu.
Ele me faz de imperfeito uma nudez perfeita
O meu ser que ao gozar do seu
É mais que um corpo feliz, é felicidade completa.
c cardoso
30 de jan. de 2010
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"Se você diz vem às quatro da tarde, desde às três eu começarei a ser feliz."
(Antoine de Saint-Exupery).
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