13 de fev. de 2011

Comer em São Paulo

Que São Paulo é um dos melhores lugares do mundo para se comer é notório. O chef Anthony Bourdain, por exemplo, achou a cidade muito feia, mas adorou a comida feita aqui. Desde que vim morar na capital paulista, tenho tido a oportunidade de conhecer alguns dos inúmeros restaurantes da cidade, aqueles que cabem no meu bolso, preferencialmente. Afinal, comer bem (não no sentido de quantidade) é um dos maiores prazeres da vida, seja pelo estímulo que o alimento e a bebida provocam em todos os sentidos, seja pela viagem cultural que a gastronomia representa. Ela é expressão vital do talento dos povos. Conheci alguns muito bons, outros nem tanto. Quase todo fim de semana vou a um diferente. Neste ritmo, talvez eu conheça uma boa parte dos principais restaurantes de São Paulo antes de morrer após eu ter ultrapassado os noventa e tantos anos. Se não quebrar antes, porque não é barato frequentá-los. Também engordei um bocado, e agora estou fazendo um grande sacrifício para recuperar a forma em meio a tantas tentações. Não estou fazendo dieta por culpa. Nunca se deve comer com culpa, ou se arrepender de ter saboreado uma obra de arte. Estou fazendo pela saúde, dando preferência à culinária mediterrânea, como recomenda a ciência médica em voga. Para citar apenas alguns, olha esta lista de restaurantes aos quais fui este último ano: Maní, La Vecchia Cucina, Tantra, Weinstube, Consulado Mineiro, Roperto, A Bela Sintra, Tordesilhas, Bráz, Garabed, Sujinho, Acrópoles, Uo katsu sushi bar. Domingo fui ao L'Entrecote de Paris: prato único, Entrecote com batatas fritas e salada. Não comi as batatas fritas. A carne estava gostosa, macia, embora eu não possa dizer o que havia no tempero de 21 ingredientes. O restaurante que mais me impressionou até agora foi Mocotó, do chef Rodrigo Oliveira, especializado em comida nordestina. www.mocoto.com.br. Para quem não conhece São Paulo tão bem, não é fácil chegar lá, na Zona Norte, Vila Medeiros, sendo recomendável GPS. Fila de mais de hora, pelo menos no sábado. Mas vale a pena: enquanto se espera, a boa pedida é a caipirinha, afinal o restaurante também é uma cachaçaria. E tem deliciosas tapioquinhas em cubo, acompanhadas de geléia de pimenta, para petiscar. O prato principal foi uma das melhores e mais macias capas de costela que eu já experimentei. Só de lembrar, minha boca começa a salivar. Se eu quero conhecer mais e mais restaurantes, o recomendável é não repetir, mas, no caso do Mocotó, seria ótimo revisitá-lo.

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