27 de mar. de 2009

Se minha memória não falha, Lula nunca visitou Israel durante o seu longo mandato, embora tenha visitado vários países árabes, inclusive o Irã. Por que, algo contra os judeus?

Lula contra brancos de olhos azuiz

Eu sou tipicamente brasileiro. Sou paulistano, o meu pai era mineiro, minha mãe é paulista, meus avós mineiros e potiguares...não tenho idéia de quando os meus antepassados chegaram à terra brasil...creio que sou de família mais do que quatrocentona sem título nobiliário. Trago no sangue, é bem provável, as três raças da formação da nação brasileira. Por isso acredito na tolerância representada pela mestiçagem que nos caracteríza e tenho ojeriza à segregação racial, inclusive a efetivada pelas chamadas "ações afirmativas". A Lei 7.716, de 5 de janeiro de 1989, diz que serão punidos os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional... Portanto, tais crimes não se referem apenas à discriminação de negros ou índios, mas também de brancos, embora muita gente que se diz politicamente correta etc entenda que brancos, católicos, homens e paulistas podem ser objeto de discriminação e preconceito sem que isso seja uma discriminação ou um preconceito condenável (afinal, pensam, como pensou uma ex-Ministra de Estado, estes são grupos opressores e exploradores, o que legitima a conduta). Se o Sr. presidente da República tivesse dito que a culpa da crise é dos negros haveria uma gritaria nacional estampada em todos os jornais com acusações de racismo e pedidos de desculpas ( se bem que para os movimentos sociais orientados pela ideologia petista e sustentados pelos recursos públicos, tudo o que vem do Sr. Lula é desculpável). Mas, como o comentário foi contra brancos,... Mas, aqui pra nós, é racismo, não é?!

26 de mar. de 2009

Maquiavel é coloquialmente lembrado pelo adjetivo pejorativo "maquiavélico". É, porém, necessário lê-lo a fim de se verificar que a sua obra não se limita a lições de malícia política. Em "O Príncipe", de onde retirei as frases antes citadas, o autor procura revelar, com olhar clínico, o jeito de fazer política do seu tempo comparando-o com modelos históricos. Fez ciência política ao modo renascentista. Como toda obra-prima e clássica, há nela conteúdo atemporal, lições que permanecem válidas ainda hoje, dentre elas a que aponta o governante como responsável não só pelos seus próprios atos como também pelos de seus assessores, uma vez que a escolha é dele. No Direito fala-se em responsabilidade "in eligendo" para obrigar também aquele que escolheu o autor do prejuízo sob o fundamento de que escolheu mal. Na República Federativa do Brasil, entretanto, os governantes são sempre irresponsáveis pelos atos ilegais e imorais dos que foram por eles nomeados e trabalham na sala ao lado. E, mais curioso, a desculpa de ignorância é aceita com naturalidade por boa parte da opinião pública. A mim me parece que a ignorância em um governante é imperdoável. Como alguém pode ser capaz de governar uma nação se é incapaz de governar os seus subordinados imediatos? Como alguém pode ter uma visão clara e adequada do que acontece no país e no mundo se é cego para o que acontece ao seu lado? Você entregaria a sua casa para essa pessoa cuidar, ou os seus filhos, ou sua empresa...?
"A primeira impressão que se tem de um governante e de sua inteligência é dada pelos homens que o cercam. Quando estes são eficientes e fiéis, pode-se sempre considerar o principe sábio, pois foi capaz de reconhecer a capacidade e de manter a fidelidade. Mas quando a situação é oposta, pode-se sempre fazer dele um mau juízo, porque seu primeiro erro terá sido cometido ao escolher os assessores."

Maquiavel
"Há três tipos diferentes de mente: um compreende as coisas por si só; o segundo compreende as coisas demonstradas por outrem; o terceiro, nada consegue discernir, nem só, nem com a ajuda de outros. A primeira espécie é a melhor de todas; a segunda é também muito boa, mas a terceira é inútil."

Maquiavel

15 de mar. de 2009

Desculpem-me os budistas e aqueles que acreditam que o caminho consiste em viver sem paixões. Dizem que, só quando se anulam as paixões, superam-se os sofrimentos. Eu não acredito que a vida valha a pena sem paixão, ainda que ela possa causar sofrimento. Ela é o grande móvel, ainda que ofereça riscos e cause dor. Não me refiro apenas à paixão que envolva duas pessoas. Menciono, também. a que estimula dedicação a alguém ou a algo, tornando uma causa nobre. É a paixão que consente sacrifícios, sem o que não há vitórias. É ela que encoraja a superar todos os obstáculos, e concretiza o progresso. Temer a paixão é acovardar-se diante da vida. Eu desejo plantar vida e colher todos os seus frutos, mesmo que tenha que sangrar as minhas mãos. Abaixo os budistas, viva a paixão!
i can't help falling in love
elvis presley
Composição: Indisponível

Wise men say only fools rush in
But I cant help falling in love with you
Shall I stay
Would it be a sin
If I cant help falling in love with you

Like a river flows surely to the sea
Darling so it goes
Some things are meant to be
Take my hand, take my whole life too
For I cant help falling in love with you

Like a river flows surely to the sea
Darling so it goes
Some things are meant to be
Take my hand, take my whole life too
For I cant help falling in love with you
For I cant help falling in love with you

7 de mar. de 2009

Não queira mudar a Igreja Católica - abandone-a

Surpreender-se com a atitude do arcebispo de Recife quanto ao aborto revela, no mínimo, ignorância. No caso das manifestações dos membros do governo Lula, hipocrisia. O religioso agiu estritamente de acordo com os ensinamentos e as regras da Igreja Católica, foi coerente, o que não é o caso dos que o atacam, mas vão à missa em busca de popularidade e voto. A Igreja Católica, com se sabe, é intransigente no que se refere à sua visão de que a vida começa com a concepção e que só Deus tem o direito de tirá-la, não importando as circunstâncias que levaram à geração desta vida. Dom José Cardoso Sobrinho nada mais fez do que seguir os mandamentos de sua Igreja. A Igreja está errada! Os médicos e todos que os apoiaram estão certos em defender a vida da menina vítima da bestialidade. Porém, igualmente estão errados os que se pretendem católicos e não seguem o Catolicismo. Sejamos também coerentes. O que se deve fazer é, ou ser efetivamente católico e seguir fielmente os dogmas da Igreja, ou virar as costas para ela rejeitando a doutrina católica. Não há meio termo. Que importa ser excomungado, essa sanção medieval, se você não faz parte dessa Igreja, se você não acredita no que ela prega? Não tem a menor relevância. Felizmente, graças as luzes, hoje ninguém é condenado à fogueira por isso. O verdadeiro debate deveria ser outro: por que um grande número de nós ainda crê, ainda que segundo as conveniências temporais, nos mitos que nos são ensinados pelas diversas igrejas? Por que, em vez de desperdiçarmos o nosso tempo focados em livros sagrados e regras dissonantes da realidade, não nos dedicamos mais aos livros produzidos pela razão? Se a nossa atenção se voltasse mais para as coisas da ciência do que para as da religião, certamente não daríamos a menor importância às tolices do arcebispo e à sua sentença de excomunhão. Sem dúvida estaríamos mais focados no progresso da Humanidade. Já Umberto Eco dizia que não adianta querer mudar a Igreja Católica, ou você a aceita como ela é ou abandone-a (sem se converter a outra religião cristã ou não, é claro, pois todas elas se sustentam em mitos e não admitem a dúvida como método de conhecimento). Eu, depois de procurar conhecê-la melhor, e não simplesmente frequentar missas, decidi abandoná-la e aderir à razão.

5 de mar. de 2009

Educação pública fundamental - uma farsa

Constatei, hoje cedo, bem próximo de mim, e mais uma vez, a farsa que é o nosso ensino público fundamental. Parece que o professor finge que ensina e o aluno finge que aprende. Uma pessoa que trabalha lá em casa, com 22 anos e no primeiro ano do segundo grau, veio mostrar-me, orgulhosa, o desenho que havia feito do mapa do Brasil, com as divisões regionais e estaduais, os nomes dos Estados federativos identificados pelas siglas correspondentes e as regiões por cores diversas. Elogiei o desenho. Para saber se ela estava mesmo aprendendo perguntei: "em que Região do Brasil fica o Maranhão? (Estado de origem da pessoa). Ela pensou um pouco e respondeu meio insegura:"Nordeste?!", Muito bem, eu disse, preocupado com a vascilação que precedeu a resposta. "E qual é a capital do Maranhão?" Ela não sabia a capital do próprio Estado. Perguntei, ainda, em que região está o Paraná. Ela não sabia..."Mas você não desenhou o mapa do Brasil há pouco!?" Percebi que ela havia se preocupado com os contornos do mapa mas não tinha atentado para o conteúdo dele. E o professor não parece cobrar atitude diferente. Em outra ocasião, a mesma pessoa veio mostrar-me o seu trabalho de inglês cheio de C vermelhos do professor pelos acertos. Ela tinha que prencher lacunas e o fez embasando-se nos exemplos. Seguiu direitinho o modelos. Perguntei se ela sabia o significado do que havia escrito e das frases que havia completado. Não sabia! A minha vontade foi de ir à escola e questionar a competência do professor de inglês. Esta pessoa estuda em uma escola pública localizada em um bairro de classe média de Brasília; imagino como é o ensino no entorno. Hoje fui para o trabalho com o estômago embrulhado de revolta. Não tenho dúvida de que uma educação séria e efetiva é fundamental para que as pessoas e seu país se desenvolvam sustentavelmente, embora eu não tenha a mesma obsessão - elogiável, diga-se -, do Senador Cristovão Buarque. Quando os governantes do Brasil vão parar de tratar do assunto com desleixo e vão adotar uma medida responsável a respeito? Sabe-se que o analfabetismo funcional interessa a muita gente que jamais seria escolhida, para um cargo público, por um eleitor culto e esclarecido. Cabe, portanto, a quem tem o privilégio da educação e da cultura pressionar os governantes a mudarem o atual percurso e, caso não o façam, tirá-los do poder.

2 de mar. de 2009

West Side Story

Maria
Music: Leonard Bernstein/Lyrics: Stephen Sondheim

"Maria . .
The most beautiful sound I ever heard:
Maria. Maria. Maria. Maria...
All the beautiful sounds of the world in a single word
Maria. Maria. Maria. Maria...
Maria!
I've just met a girl named Maria
And suddenly that name
Will never be the same
To me.
Maria!
I've just kissed a girl named Maria
And suddenly I've found
How wonderful a sound
Can be!
Maria!
Say it loud and there's music playing,
Say it soft and it's almost like praying
Maria!
I'll never stop saying Maria!
The most beautiful sound I ever heard
Maria?"