1 de jul. de 2008

Deus é um sujeito com humor duvidoso

Deus é um sujeito com humor duvidoso.
Quem realmente compreende
qual é a desse senhor,
ora alegre ora irado?
Parece testar a criação o tempo todo
para ver quem vai tropeçar provocando na trindade e em seu exército riso
e no seu rebanho horror;
parece provar a todo momento quem vai se sair vencedor,
superando todas as tentações que ele gosta de fincar no caminho dos míseros
mortais,
Cuja queda ele jocosamente repreende.
E os que caírem se juntarão à imensa maioria de clowns ou pinóchios que fazem da dor
O gozo nos teatros freqüentados pelos eleitos santos;
o resto, algo próximo dos anjos, mas sem a graça daqueles anjos que não se conformam
e que não são tantos
desejam se jogar dos céus só para se sentirem humanos que doidamente amam,
especiais.
Deus tem uma diversão non sense.
Algo bem darwinista, sempre acusando que não estamos prontos.
E eu estou farto dele, porque enquanto ele se diverte, eu sofro.
Nós agonizamos entre encontros e desencontros,
Entre o sim e o não, entre a lucidez e a insanidade. Pense!
Por que, contra todas as regras que ele gosta de alardear por seus padres e pastores, rabinos e mulás, escritas em tábuas milenares,
ele aproximou de Betsabé o rei Davi?
Para confundir amor e ódio? E culpa? Condenação!?
Ou para gerar a sabedoria e a riqueza de Salomão?
Estranho deus, eu nunca vi.
Deixe-me em paz, seja o seu nome qual for:
Zeus, Javé, Alá, Tao, Brahma, Buda amida...
E tolera me ver saciar a minha fome do sabor
do fruto da árvore da ciência
Do bem e do mal, da vida!

c cardoso

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