27 de fev. de 2009

Soneto ao neto de Maria

Surgiu o Dia, a luz frágil e tênue da aurora.
Um choro berrou espanto e nostalgia.
Um pranto soou mimo e alegria.
O marmanjo se segurou para não cair no solo.

Nasceu o Gabriel, a alma límpida de recém-nascido.
A boca miúda pedindo aconchego e colo.
As mãos trêmulas da mãe abraçando o corpo delicado.
Uma lágrima é contida, porque homem não chora.

Que boa nova tu trazes, anjo enviado do céu!
Tu fazes esvair o temor pelo agora,
E crer na abundância de leite e mel!

Sejam as forças do Universo louvadas!
Dê-se início ao banquete sem demora.
Pela chegada do filho, trombetas sejam tocadas!

c cardoso

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