10 de abr. de 2008

O desejo diz: eu posso
A razão diz: não convém
Mas é sem razão desejar o que faz bem?
Eu te desejo; não posso?

Poder pode, ela responde
Mas não deve ir adiante
Sem conhecer todo o mal que a cobiça esconde
Hoje pode ser bom, amanhã, quem garante?!

Se não arrisco jamais saberei a verdade
Que os seus lábios calam e os seus olhos insinuam
Permanecerei para sempre na saudade
Do seu corpo que os meus dedos não dedilham

Ele teima: insisto
Ela não cede: não insista
Ele desanima: desisto
Ela pede: não desista

c cardoso

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